Segundo adiantou ao SOL o presidente da IHM, Carlos Gonçalves, a mudança de casa depende só da assinatura do contrato de arrendamento e da entrega e verificação de documentação. O que deverá acontecer até amanhã ou, no mais tardar, na próxima semana.
Recorde-se que o Daniel havia desaparecido no Lombo dos Reis, no Estreito da Calheta, da casa de um padrinho, a 19 de Janeiro de 2014, tendo sido encontrado três dias depois, numa mata. Enquanto a Polícia Judiciária (PJ) continua a investigar o alegado sequestro, a IHM e a Segurança Social diligenciaram no sentido de realojar a família.
A casa onde o Daniel vive com a irmã, a mãe, o pai e os avós, no sítio das Laranjeiras é objecto de um litígio judicial por causa da sua titularidade. A IHM ainda ponderou, através do Programa de Recuperação de Imóveis Degradados (PRID), financiar em 15 mil euros a beneficiação da casa. Contudo, esbarrou no processo judicial pelo que optou por realojar a família numa casa arrendada.
A mãe da criança, Lídia Freitas, conseguiu entretanto um contrato de trabalho por seis meses. O pai está desempregado, mas trabalha no campo.
A casa onde vão passar a morar, a expensas da IHM, fica situada no sítio da Estrela, não muito distante do local onde hoje habitam. Aliás, essa foi uma condição imposta pela família até porque o pai é agricultor e faz dessa actividade um meio de subsistência do agregado.
A PJ continua com o processo em aberto, procurando pistas junto dos pais, avós e vizinhos próximos.
Quem optou por ficar na casa, no sítio das Laranjeiras, foram os avós. Eles que foram recentemente chamados à esquadra da PSP da Calheta para prestar declarações no âmbito do inquérito.
Na mesma habitação precária vivia uma tia de Daniel, mas esta foi recentemente realojada juntamente com o filho, também na Calheta, pelos serviços da Segurança Social.