"Estamos mais confiantes por, apesar das buscas intensas, não ter sido encontrado nenhum vestígio de Madeleine e isso reforça a nossa convicção de que ela ainda poderá estar viva", disseram, num depoimento veiculado pelo porta-voz.
Kate e Gerry McCann manifestaram-se "muito satisfeitos com a actividade significativa" dos últimos dias e defenderam a necessidade de explorar "todas as linhas de inquérito razoáveis" e mostrando-se contentes por saber que haverão mais diligências nos próximos meses.
Foi após um apelo dos pais de Madeleine ao primeiro-ministro britânico que foi aberta em 2011 a "Operação Grange", nome da investigação britânica ao desaparecimento da criança britânica para rever toda a informação disponível.
No ano seguinte foi anunciada a abertura de um inquérito formal e o desejo de inquirir várias "pessoas de interesse", tendo sido enviadas cartas rogatórias a 30 países, incluindo Portugal, que resultaram nas buscas dos últimos dias em Praia da Luz.
Na quarta-feira, a Polícia Metropolitana britânica precisou ter investigado, em conjunto com a PJ e a GNR, uma área de cerca de 60 mil metros quadrados, incluindo condutas de electricidade e gás, esgotos e edifícios em ruínas, com o auxílio de cães pisteiros e georradares.
Em comunicado, referiu terem sido que "41 anomalias no solo identificadas por via aérea e terrestre e analisadas integralmente", três das quais fora da área prevista inicialmente.
Confirmou ainda que prevê realizar mais acções "nas próximas semanas e meses" e que está a preparar novos pedidos de diligências para serem submetidos "na altura devida".
Madeleine McCann desapareceu poucos dias antes de fazer quatro anos, a 03 de Maio de 2007, do quarto onde dormia juntamente com os dois irmãos gémeos, mais novos, num apartamento de um aldeamento turístico, na Praia da Luz, no Algarve.
Lusa/SOL