O jogo aborrecido dá razão à Suíça

O Equador com menos armas fez mais pela cor do jogo do que a aborrecida Suíça. Mas foram os suíços a sair vencedores com um golo nos descontos, por 2-1.

O jogo aborrecido dá razão à Suíça

O guarda-redes Benaglio e a defesa suíça merecem o triunfo. Os avançados do Equador não.

A Suíça não foge muito à deixa de Harry Lime, protagonizado por Orson Welles no filme O Terceiro Homem de 1949. Quinhentos anos de democracia e paz e o que produziram? O relógio de cuco. É mais ou menos assim no futebol.

Dez presenças em fases finais, contra três do Equador, e do que nos lembramos? Quase nada. Mesmo assim a Suíça está entre as dez melhores selecções do mundo (sexta do ranking FIFA). E viu-se porquê: madura o suficiente para esperar pelo erro do adversário e com um mestre da táctica a pensar isso, o seleccionador Ottmar Hitzfeld.

Os suíços sofreram um golo, de canto, por Enner Valencia (há outro Valencia, a estrela do Manchester United, mas não foi esse), mas não vacilaram. Com um ataque colorido, o Equador podia mesmo ter feito o 2-1 no descontos, mas o corte de Berhami iniciou toda uma revolução que acabou em golo na baliza equatoriana e com a vitória dos europeus.

Pelo meio, Mehmedi empatou a abrir a segunda parte.

Ou seja, os avançados Montero, Caicedo e Enner Valencia perdoaram aquilo que Seferovic, frio, no último lace do encontro, nem pensou falhar. E são esses pequenos detalhes que contam. Para o ranking e para as classificações – ser líder no grupo da França não é coisa pouca. A Suíça continua com o seu relógio de cuco, a cor nas bancadas é amarela.

 

FICHA DE JOGO

Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília.

Golos

0-1 por Enner Valencia, aos 22';

1-1 por Mehmedi, aos 48';

2-1 por Haris Seferovic, aos 92'.

 

Equipas

Suíça

Benaglio; Lichtsteiner, Djorou, Von Bergen, Ricardo Rodríguez; Berhami, Inler; Shaquiri, Xhaka, Stocker e Drmic.

Suplentes

Senderos, Schar, Michael Lang, Barnetta, Seferovic, Sommer, Dzemaili, Gelson, Gavranovic, Mehmedi, Bürki e Ziegler.

Equador

Domínguez; Paredes, Erazo, Guagua, Ayoví; Valencia, Gruezo, Noboa, Montero; Caicedo e Enner Valencia.

Suplentes

Banguera, Ibarra, Achilier, Méndez, Joao Rojas, Adrian Bone, Oswaldo Minda, Michael Arroyo, Jaime Ayoví, Bagui, Saritama e Fidel Martínez.

 

Árbitro

Ravshan Irmatov (Uzebequistão)

Assistentes

Abduxamidullo Rasulov (Uzebequistão)
Bakhadyr Kochkarov (Quirguistão)

4.º árbitro

Svein Oddvar Moen (Noruega)

 

TEMPO

(sol)

24° C 
21 m/s vento
61% humidade

 

SOL