Uma tolice, um passeio alemão, as palmas de Merkel e Portugal em ruínas

Quatro dias depois da Holanda ter surpreendido a Espanha por 5-1 em Salvador da Bahia, a Alemanha passou como “um rolo compressor por cima de Portugal” no mesmo estádio (4-0), relembra a Marca após o apito final no encontro.

Uma tolice, um passeio alemão, as palmas de Merkel e Portugal em ruínas

A derrota de Portugal, um cenário muito pesado para a estreia no Mundial2014, disputado no Brasil, teve repercussões um pouco por todo o mundo. A Marca aponta ainda uma "Alemanha candidata ao título", que provocou "90 minutos de tortura" aos pupilos de Paulo Bento. Já o AS refere que os alemães aplicaram uma 'surra' em Cristiano Ronaldo e companhia, que deixou "Portugal em ruínas". Ainda em Espanha, o Mundo Deportivo fala em "humilhação" e acrescenta que Muller "apagou Cristiano Ronaldo", que foi assobiado no Arena Fonte Nova.

Em Itália, o Corriere dello Sport faz manchete com uma "demolição germânica", face à superioridade que os jogadores de Joaquim Low evidenciaram em campo. Com espaço ainda para destacar o triplete de Muller, autor de três dos quatro golos da vitória. E o Gazzeta dello Sport salienta a "loucura de Pepe", que se envolveu num 'sururu' com o jovem avançado alemão. O mesmo jornal considera pesada a "humilhação" que Cristiano Ronaldo viveu esta tarde.

Mas o L'equipe não é meigo: "Alemanha venceu Portugal, como de costume". Os franceses dão destaque à quarta derrota consecutiva da Selecção Nacional frente aos germânicos em competições internacionais. Em Inglaterra, o Guardian considera que a "tolice" de Pepe foi o rastilho para a bomba que explodiu nas mãos de Paulo Bento e o The Telegraph acha que Muller, Bota de Ouro no último Mundial, colocou Cristiano Ronaldo, Bola de Ouro em 2013, no "seu devido lugar".

Tudo sob o olhar atente de Angela Merkel, a chanceler alemã, que segundo o Folha de São Paulo, no Brasil, "bateu palminhas por quatro vezes". O Estadão optou por dar relevo ao 'massacre e show" alemão e na Argentina o Olé afirma que Ronaldo não estava "à altura do encontro". O The New York Times vai mais longe e apresenta o título: "Com insignificância e uma cabeçada, Portugal mostra o seu lado feio".

Resta referir que, à parte de todas as críticas à prestação portuguesa, a equipa das quinas sofreu duas lesões inesperadas: a de Hugo Almeida, ainda no primeiro tempo, e de Fábio Coentrão, um dos pilares da formação nacional.

hugo.alegre@sol.pt