Os dados constam do Relatório e Contas da CGA relativos ao ano passado, a que a agência Lusa teve acesso, que referem que do universo de 471.149 aposentados e reformados existentes no final de 2013, 231.167 (49,1%) não excediam os 1.000 euros.
Nos restantes escalões, verifica-se que 20,7% das pensões de aposentação e reforma atribuídas pela CGA apresentava valores mensais até 500 euros, enquanto as pensões entre os 1.000 e os 2.000 euros representavam 27,6% do total e 23,4% se situavam nos escalões superiores.
De acordo com o documento, no final de 2013, existiam 1.718 aposentados a receberem montantes mensais superiores a 5.000 euros.
Quanto ao valor médio do total das pensões, a CGA diz que no final do ano passado se situou nos 1.280,95 euros, o que face ao ano anterior significou um "ligeiro aumento" de 0,7%.
"Este crescimento ficou a dever-se quer ao facto dos dois escalões mais baixos das pensões mínimas de aposentação e reforma terem aumentado 1,1% (apesar de os restantes escalões manterem os valores de 2012)", refere.
A contribuir para este aumento está também o facto de as pensões dos aposentados e reformados falecidos, em geral mais antigas, serem de valor médio mais baixo quando comparadas com as pensões dos novos pensionistas.
Quanto ao valor médio das pensões atribuídas no ano, verificou-se um acréscimo de 4,2%, segundo a CGA, para o que contribuiu o aumento do tempo médio relevante na pensão (32,2 anos em 2013 face a 30,7 anos em 2012).
O maior peso corresponde aos aposentados oriundos dos Ministérios da Saúde e da Educação e da Ciência, que apresentam pensões médias mais elevadas.
Lusa/SOL