Foi um fim inglório de uma geração. Mas também de um martírio. Ver esta Espanha foi como ver o ocaso da França em 2002, também eliminada na fase de grupos quando detinha a coroa de campeã.
Com apenas um golo marcado, sai pela porta pequena do grupo e vê Chile e Holanda seguirem em frente. Para os chilenos é uma festa.
Em nove presenças em fases finais, passam pela quarta vez a fase de grupos e tentam agora (tudo é possível) imitar 1962, quando, jogando em casa, ficaram em terceiro.
Para Del Bosque e os seus acabaram-se os “Olés”. O seleccionador colapsou ao 88.º jogo à frente da Roja – somou dez derrotas , cinco oficiais (as outras foram em particulares) e dessas, duas foram neste Mundial. Primeiro Holanda, goleada (1-5), agora Chile.
Em dez jogos com os chilenos, tinham ganho oito e empatado dois. Mas um destes empates foi no último jogo.
Alexis, Vargas e companhia estão terríficos e provaram-no, com fome de jogo ante um adversário sem apetite de bola.
Marcaram na primeira e na segunda partes. E fizeram xeque ao rei.
Há 64 anos um rei por proclamar nem chegou ao trono, ultrapassado pelo Uruguai na final do Maracanã – um trauma que ainda hoje os brasileiros mais velhos recordam e os mais novos são recordados. O mesmo estádio voltou a ser maldito, agora para um rei.
FICHA DE JOGO
Estádio Maracanã, Rio de Janeiro.
Golos
0-1 por Vargas, aos 20';
0-2 por Aránguiz, aos 43'.
Equipas
Espanha
Casillas; Azpilicueta, Ramos, Javi Martínez, Jordi Alba; Busquets, Xabi Alonso, Iniesta; Silva, Diego Costa e Pedro.
Chile
Bravo; Isla, Silva, Medel, Jara, Mena; Marcelo Díaz, Aránguiz, Vidal; Alexis Sánchez e Vargas.
Árbitro
Mark W. Geiger (EUA)
Assistentes
Mark Sean Hurd (EUA)
Joe Fletcher (Canadá)
4.º árbitro
Nawaf Shukralla (Bielorrússia)
TEMPO
(nuvens)
26°C
14m/s vento
74% humidade
SOL