Naufrágio na Malásia faz cinco mortos e 32 desaparecidos

Cinco mortos e 32 desaparecidos são os últimos números de vítimas confirmados após um barco alegadamente sobrelotado de imigrantes ilegais indonésios ter naufragado ao largo da Malásia durante esta madrugada.

Naufrágio na Malásia faz cinco mortos e 32 desaparecidos

As autoridades disseram que 60 pessoas foram salvas ou salvaram-se pelos seus próprios meios depois do acidente perto de Port Klang, o maior porto da Malásia, enquanto as buscas continuam com recurso a nove barcos e a um helicóptero.

"Trinta e duas pessoas estão ainda desaparecidas. Encontrámos cinco corpos, quatro homens e uma mulher. Morreram afogados", disse Mohamad Hambali Yaakup, responsável pelas autoridades marítimas de Port Klang, que acrescentou que as marés agitadas estão a dificultar a operação de salvamento.

O barco afundou-se perto da costa, o que pode significar que mais pessoas se possam salvar.

As autoridades acreditam que o barco transportava 97 pessoas no total, incluindo crianças, e revelaram que as pessoas salvas disseram que estavam a regressar à Indonésia pelo estreito de Malaca (entre a Malásia e a ilha de Sumatra), para as celebrações do Ramadão.

"Achamos que o barco estava sobrelotado e que o mar estava bravo durante o incidente", disse Yaakup.

"Através de perguntas aos sobreviventes, eles disseram que estavam a regressar a Aceh [norte de Sumatra]. Não tinham documentos", acrescentou Yaakup.

Inicialmente, as autoridades acreditavam que os indonésios estavam a tentar entrar na Malásia.

Cerca de dois milhões de imigrantes ilegais – a maior parte indonésios- trabalham na Malásia. Grande parte deles regressa à Indonésia para o Ramadão, que começa no fim de Junho e termina no fim de Julho. 

Muitos indonésios arriscam a travessia de noite, para não serem descobertos. Quer a Malásia quer a Indonésia são países maioritariamente muçulmanos.

Em agosto do ano passado, um barco que levava mais de 40 indonésios afundou-se no sul da Malásia, causando sete mortos e 33 desaparecidos.

Lusa/SOL