As autoridades disseram que 60 pessoas foram salvas ou salvaram-se pelos seus próprios meios depois do acidente perto de Port Klang, o maior porto da Malásia, enquanto as buscas continuam com recurso a nove barcos e a um helicóptero.
"Trinta e duas pessoas estão ainda desaparecidas. Encontrámos cinco corpos, quatro homens e uma mulher. Morreram afogados", disse Mohamad Hambali Yaakup, responsável pelas autoridades marítimas de Port Klang, que acrescentou que as marés agitadas estão a dificultar a operação de salvamento.
O barco afundou-se perto da costa, o que pode significar que mais pessoas se possam salvar.
As autoridades acreditam que o barco transportava 97 pessoas no total, incluindo crianças, e revelaram que as pessoas salvas disseram que estavam a regressar à Indonésia pelo estreito de Malaca (entre a Malásia e a ilha de Sumatra), para as celebrações do Ramadão.
"Achamos que o barco estava sobrelotado e que o mar estava bravo durante o incidente", disse Yaakup.
"Através de perguntas aos sobreviventes, eles disseram que estavam a regressar a Aceh [norte de Sumatra]. Não tinham documentos", acrescentou Yaakup.
Inicialmente, as autoridades acreditavam que os indonésios estavam a tentar entrar na Malásia.
Cerca de dois milhões de imigrantes ilegais – a maior parte indonésios- trabalham na Malásia. Grande parte deles regressa à Indonésia para o Ramadão, que começa no fim de Junho e termina no fim de Julho.
Muitos indonésios arriscam a travessia de noite, para não serem descobertos. Quer a Malásia quer a Indonésia são países maioritariamente muçulmanos.
Em agosto do ano passado, um barco que levava mais de 40 indonésios afundou-se no sul da Malásia, causando sete mortos e 33 desaparecidos.
Lusa/SOL