Ainda na primeira parte, o português teve de mostrar o cartão vermelho a Song por agressão. Uma expulsão que precipitou o desaire da selecção africana. Caiu por terra qualquer hipótese de inverter o rumo do acontecimentos, após a derrota inicial com o México (1-0). Os camaroneses nunca mostraram sinais de recuperação ao longo dos 90 minutos e a derrota tornou-se inevitável.
Como se não bastasse o anunciado adeus aos relvados do Brasil, apesar de ainda faltar o último embate com a canarinha, no Grupo A, os minutos finais do duelo com os croatas mostraram um clima tenso entre os jogadores dos Camarões.
Tudo começou com uma discussão, pouco antes do apito final. Assou-Ekotto quis resolver o assunto com uma cabeçada a Moukandjo, que não hesitou em responder com um empurrão. O ambiente só não aqueceu mais porque Webo, qual bombeiro, prontamente colocou água na fervura entre os dois colegas de equipa.
Até Samuel Eto'o, que estava no banco de suplentes por lesão, aproveitou o fim do jogo para tentar serenar os ânimos. As agressões ficaram por ali, mas a noite de pesadelo para os africanos foi lamentável.
"Eu odiei ver aquilo. Esta não é a imagem de Camarões que eu quero projectar. Foi uma coisa muito feia, e a equipa perdeu duas vezes", lamentou o seleccionador Volker Finke.