"Estamos confiantes que vamos ter uma grande manifestação, com milhares de trabalhadores, e população em geral, para protestar contra as políticas do Governo e exigir a sua demissão", disse à agência Lusa Armando Farias, da Comissão Executiva da Intersindical.
Segundo o sindicalista, os portugueses estão a enfrentar "um momento em que os problemas se estão a agravar, aumentando a exploração e o empobrecimento".
"Estamos a assistir a outro patamar, muito grave, desta ofensiva, com as alterações à legislação laboral que vão levar à destruição da contratação colectiva", disse.
Para Armando Farias a contratação colectiva "é um elemento fundamental da democracia, não só porque garante um conjunto de direitos aos trabalhadores, mas também porque é uma garantia de funcionamento da sociedade".
O sindicalista defendeu que as propostas de lei do Governo que estão na Assembleia da República, que vão reduzir os prazos de caducidade e de sobre vigência das convenções colectivas de trabalho, e as novas ofensivas laborais na função pública, nomeadamente a tabela única remuneratória e a de suplementos, "Têm de ser travadas".
"É fundamental continuar a luta", disse, acrescentando que da manifestação de hoje poderá sair uma decisão nesse sentido.
A CGTP-IN realiza hoje, em Lisboa, uma manifestação sob o lema "Acabar com esta política de direita — Governo Rua! – Por uma política alternativa, de Esquerda e Soberana", tal como fez há uma semana no Porto.
A manifestação inicia-se com duas concentrações, ao início da tarde, uma no Campo das Cebolas – dos distritos de Lisboa, Santarém, Leiria e Castelo Branco – e outra no Cais do Sodré – dos distritos de Setúbal, Évora, Beja e Faro.
Depois de desfilarem por duas ruas diferentes da baixa lisboeta os manifestantes vão convergir para o Rossio, onde o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos fará uma intervenção político-sindical.
Lusa/SOL