A Espanha chegou ao Brasil com tudo. Com estatuto, brilho e o troféu de campeã mundial e europeia. Mas cedo se percebeu os problemas de personalidade. Com a Austrália fizeram o terceiro jogo, e três vezes com uma camisola diferente. Não é sinal absoluto de esquizofrenia, mas não deixa de ser um sinal de procura da identidade perdida.
Branco, vermelho e preto. Duas derrotas e uma vitória. O adeus. Injusto?
Del Bosque também se equivocou.
Villa marcou um golo, de calcanhar. E mais tarde o treinador substituiu-o. Porquê? Foi uma maldade, no seu último jogo, apontou o 59.º golo pela Espanha, também ele merecia mais. Tirando Batistuta e Cubillas (com dez golos), ninguém a falar espanhol marcou tanto em Mundiais (9). Nem Maradona (8).
A Holanda abriu a ferida da campeã, com uma derrota na estreia a toque de goleada (5-1). E a Espanha nunca mais se levantou. O Chile deu a estocada final (2-0). Só o brio de um campeão conseguiu ir buscar forças para derrotar uma simpática Austrália.
Foi o fechar de um ciclo que começou há quatro anos, na África do Sul: o fim 41 vitórias, 8 empates e 8 derrotas depois.
FICHA DE JOGO
Pode ver os golos AQUI.
Estádio Arena da Baixada, Curitiba.
Golos
0-1 por Villa, aos 36';
0-2 por Torres, aos 69';
0-3 por Mata, aos 82'.
Equipas
Austrália
Matthew Ryan; McGowan, Alex Wilkinson, Spiranovic, Jason Davidson; Mile Jedinak, McKay, Leckie, Bozanic; Oar e Taggart.
Espanha
Reina; Juanfran, Albiol, Sergio Ramos, Alba; Koke, Xabi Alonso, Iniesta, Villa, Fernando Torres e Cazorla.
Ábitro
Nawaf Shukralla (Bahrein)
Assistentes
Tulefat (Bahrein)
Ebrahim Saleh (Bahrein)
4.º árbitro
Norbert Hauata (Tailândia)
TEMPO
Sol
18°C
8m/s vento
73% humidade
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