A conclusão é de Rachel Yehuda, investigadora da Escola de Medicina Monte Sinai, de Nova Iorque, que analisou amostras de ADN e traços de comportamento de vários desses descendentes. Sintomas como stresse pós-traumático, comum a sobreviventes de guerras ou de estados-limite, como encarceramentos prolongados ou torturas eram observáveis nestas pessoas, que não passaram directamente pelas experiências extremas dos seus progenitores.
O mesmo pode ser verificado, segundo Yehuda, em familiares de palestinianos que sofreram com o conflito israelo-árabe ou de cambojanos que passaram pela política de terror dos Khmers Vermelhos.
O estudo foi realizado nos últimos 16 anos e confrontou vários desses descendentes com o que os pais ou familiares contavam da sua experiência. Muitos deles não a partilharam com os filhos, pelo que a memória do trauma ficou-lhes inscrita biologicamente, segundo Rachel Yehuda.