Uma selecção à deriva

Não ocuparei muitas linhas a falar sobre a Selecção portuguesa de futebol.

Não há muito a considerar sobre o segundo jogo no Mundial, frente aos Estados Unidos.

Fico-me pelas ideias principais:

1) O jogo com a Alemanha, afinal, não foi um acidente de percurso;

2) A equipa está mal preparada fisicamente e é incapaz de reagir com energia às condições atmosféricas; 

3) A cabeça também não funciona e só alimenta o corpo de ‘combustível’ em caso de emergência – como no início do jogo e após os EUA terem dado a volta ao marcador; 

4) Será por isso que a bola ‘queima’ nos pés de tantos jogadores? O certo é que não há uma ideia de jogo nesta equipa: é cada um a fazer o seu número e, em caso de apuros, ‘deixa lá ver onde anda o Ronaldo’;

5) William Carvalho rende muito mais na posição de médio defensivo do que Miguel Veloso;

6) A lesão de Fábio Coentrão mostrou que os críticos de Paulo Bento tinham razão: nem André Almeida, nem Miguel Veloso têm andamento para ocupar o lado esquerdo da defesa a este nível. Não há alternativa entre os 23 convocados;

7) O seleccionador quis levar os homens da sua confiança ao Mundial e não vejo problema por causa disso. Mas arriscou ao escolher meia equipa presa por arames e paga caro por isso;

8) Se Portugal voltar a não conseguir correr frente ao Gana, será atropelado na despedida do Brasil.

rui.antunes@sol.pt