Segundo comunicado citado pela Blitz, este acordo "prevê estimular a criação de música portuguesa e encorajar a presença dos músicos locais no YouTube". A par disso, acrescenta o documento, esta será uma forma de os "criadores de música, compositores e autores portugueses adquirirem rendimentos em Portugal através do YouTube".
Os artistas inscritos na SPA vão então receber uma comissão pela disponibilização dos seus vídeos, com as receitas a serem geradas por publicidade. "Chegar a um acordo com o YouTube é um marco que cria novas oportunidades para os nossos detentores de direitos", salienta José Jorge Letria, presidente da SPA.
Entretanto, a IMPALA (a associação europeia das empresas do sector da música independente) apresentou uma queixa formal contra o YouTube na Comissão Europeia, acusando a plataforma online de estar a criar barreiras ilegais às pequenas editoras no acesso ao mercado digital.
A queixa surge na sequência da criação de um novo serviço de streaming de música, com o YouTube a exigir às editoras independentes a assinatura de um contrato com condições não negociáveis e diferentes das oferecidas às grandes editoras. As editoras que estão a recusar o contrato estão a ser ameaçadas com a retirada de todos os vídeos dos seus artistas, tais como, The xx, Arctic Monkeys, Jack White, Adele, The Kills ou até Radiohead.