Acções do BCP disparam mais de 9% e evitam maiores perdas do PSI20

O principal índice da bolsa de Lisboa, o PSI20, seguia hoje em queda, mantendo a tendência da abertura, com os títulos do BCP a dispararem mais de 9% e a evitarem maiores perdas. 

Acções do BCP disparam mais de 9% e evitam maiores perdas do PSI20

Pelas 08h45, o PSI20 seguia a descer 0,73%, para 6.752,84 pontos, com cinco acções em terreno positivo, uma inalterada e 14 negativas. 

As acções do BCP eram as que mais ganhavam, registando subidas de 9,12%, para 0,12 euros, no dia em que os títulos estão a sofrer um ajuste técnico.

As acções do BCP negociaram esta segunda-feira pela última vez com direito a participar no aumento de capital de 2.250 milhões de euros. A corrida aos direitos levou os títulos a uma subida de 4,95%, para 0,1909 euros.

As acções do Espírito Santo Financial Group seguiam igualmente em alta acentuada, com uma subida de 4,29%, para 1,46 euros, depois da determinação da suspensão das vendas a descoberto das acções da empresa.  

A CMVM decidiu proibir na segunda-feira as vendas a descoberto das ações representativas do capital social do Banco Espírito Santo S.A. e do Espírito Santo Financial Group S.A. na bolsa de Lisboa.

De acordo com um comunicado divulgado pela CMVM, a proibição de vendas a descoberto das acções do BES na Euronext Lisbon tem efeitos até às 23:59 de hoje.

As acções do BES, por sua vez, eram as que mais desvalorizavam, com perdas de 3,99%, para 0,58 euros, seguidas das do peso pesado Portugal Telecom, que recuavam 2,91%, para 2,60 euros.  

O Banif seguia a avançar 1,04% para 0,0097 euros e o BPI avançava 0,07% para 1,53 euros.     

A EDP, a Galp e a Jerónimo Martins, por sua vez, seguiam a pressionar as negociações da praça lisboeta, com perdas de 0,9%, para 3,63 euros, 1,05%, para 13,24 euros e de 1,41%, para 11,845 euros, respectivamente. 

Lisboa seguia a negociar numa Europa que arrancou hoje em alta com os investidores à espera de vários indicadores. 

Os investidores aguardam hoje vários indicadores do emprego, designadamente em Itália, Alemanha e no conjunto da União Europeia.  

A agência de 'rating' Standard and Poor's (S&P) também deverá divulgar as perspectivas para a economia dos Estados Unidos e para os bancos na Europa e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) divulga os últimos dados da inflação nos Estados membros da organização. 

Nos Estados Unidos, as empresas fabricantes de veículos automotores informam sobre as vendas em Junho e o Instituto de Gestão de Fornecimentos (ISM na sigla em inglês) divulga dados sobre a evolução do sector manufactureiro. 

Entretanto, o cenário internacional continua condicionado pelas tensões na Ucrânia, mas sobretudo no Iraque, com os investidores atentos aos desenvolvimentos da escalada de violência e da deslocação da ofensiva dos 'jihadistas' sunitas para outras zonas do país, que poderão provocar perturbações na oferta de petróleo deste produtor e, consequentemente, nos preços do 'ouro negro'.

O preço do barril de petróleo tem estado a subir desde o início da ofensiva dos 'jihadistas' sunitas no Iraque a 9 de Junho.

O Iraque produz actualmente 3,33 milhões de barris por dia, segundo a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), sendo o segundo maior produtor de petróleo mundial, a seguir à Arábia Saudita e à frente do Irão e do Kuwait.

O barril de petróleo Brent, para entrega em Agosto, abriu hoje em alta, a cotar-se a 112,54 dólares no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, mais 0,16% do que no encerramento da sessão anterior.

Ao nível cambial, o euro abriu hoje em baixa no mercado de divisas de Frankfurt, mas acima dos 1,36 dólares, a cotar-se a 1,3684 dólares, contra os 1,3691 dólares no encerramento da sessão anterior.    

Lusa/SOL