Argentina, pé esquerdo ante pé esquerdo

A Suíça já devia saber. Que o golo da Argentina viria de um pé esquerdo. Se não de Messi, de Di María. Ou de Rojo por que não? (Ia marcando e saiu dali – do pé esquerdo do sportinguista) a maior parte dos cruzamentos argentinos (e foram muitos, mais de 40). E foi mesmo isso…

Argentina, pé esquerdo ante pé esquerdo

Sim podia. Porque a cabeça de Dzemaili enviou a bola ao poste nos descontos do prolongamento, já depois do golo argentino. Pode ver aqui o lance agonizante.

Isso daria o empate 1-1 e o jogo iria para penáltis.

Mas não foi.

A Argentina jogou melhor. Diego Benaglio, o guarda-redes suíço que já passou por Portugal (jogou no Nacional da Madeira entre 2005-2008) fartou-se de defender. E de adiar o golo argentino. Diz a estatística (mais ataques, o dobro – 77 dos argentinos contra 35).

O golo chegou tarde mas chegou. Era uma questão de tempo – o golo de Di María foi o mais tardio de sempre dos argentinos num Campeonato do Mundo (118’, bateu o de Bertoni contra a Holanda em 1978, aos 115’).

A Argentina ganhou os últimos três jogos dos oitavos-de-final em Mundiais (Inglaterra em 1998 e o México em 2006 e 2010). Ao contrário, a Suíça saiu eliminada nos últimos dois “oitavos”: contra Espanha em 1994 e a Ucrânia em 2006.

Messi não marcou. E depois? É a sua quarta assistência em Mundiais. Iguala Mario Kempes. Só Maradona (8) e Verón (5) têm mais.

É que a Argentina leva 25 jogos seguidos sem perder quando joga Messi (18 vitórias, 7 empates e 24 golos de Leo). É preciso mais?

Os argentinos começam um Mundial com 4 vitórias seguidas pela terceira vez na sua história. E não, nem quando foram campeões em 1978 e 1986 o conseguiram. Esta é a primeira vez que chegam aos quartos-de-final em três edições consecutivas. 

 

Estádio Arena de São Paulo, em São Paulo.

Golos

1-0 por Di María, aos 118'.

 

SOL