A listagem oficial do supervisor bancário revela que, no final de 2013, existiam em Portugal 36.256 pessoas singulares e 10.384 pessoas colectivas nesta situação, quando no ano anterior os números eram superiores (48.071 pessoas singulares e 12.665 pessoas colectivas).
De resto, a tendência de queda no número de utilizadores de risco tem sido constante desde 2009 (o ano mais antigo que os dados hoje disponibilizados referem), quando existiam mais de 89 mil utilizadores na 'lista negra' do Banco de Portugal.
Desde então, e até final do ano passado, a redução foi de 47%, isto é, o número total caiu quase para metade.
Na segunda-feira, o regulador revelou que o número de cheques devolvidos em 2013 foi de 302.436, um recuo homólogo de 36,7% face aos 477.609 cheques devolvidos em 2012 e o nível mais baixo desde 2001.
Do total de cheques devolvidos no ano passado, a fatia de leão deve-se à falta ou insuficiência de provisão (222.266), com os popularmente chamados 'cheques carecas' a representarem 73,5% do total de devoluções.
Em 2012, tinham sido devolvidos por falta ou insuficiência de provisão 370.687 cheques, mais 40% do que no ano passado (e com um peso de 77,6% no total das devoluções).
Os cheques que foram devolvidos devido a terem sido apresentados fora de prazo foi o segundo motivo de devolução, com um peso de 6,4%, seguido pelos cheques devolvidos a pedido do banco tomador (5,9%) e pelos cheques revogados (5,5%).
Os cheques devolvidos devido à conta associada estar bloqueada pesaram 1,8% e os cheques devolvidos sem motivo corresponderam a apenas 1,1% do total de devoluções.
Finalmente, os cheques devolvidos devido a "outros motivos", não especificados, pesaram 5,8%.
Já a percentagem de cheques devolvidos face à totalidade de cheques utilizados foi de 0,54% em 2013, abaixo dos 0,74% do ano anterior.
Os dados constam do relatório dos sistemas de pagamentos relativo a 2013 publicado pelo Banco de Portugal.
Lusa/SOL