A Bélgica está nos quartos-de-final e merece-o. Os EUA não estão, mas mereciam estar. Confuso?
A entrega e a vontade dos americanos, mesmo a perder 2-0 no prolongamento, foi contagiante. Nunca desistiram. O 2-1, por Green (com apenas 19 anos e 25 dias), incendiou um fogo que parecia ir diminuindo. A faísca vinha de Howard. Os belgas assustaram-se e temeram o pior.
Por duas vezes, os americanos tiveram o jogo na mão, mesmo contra a corrente. A primeira mesmo em cima dos 90 minutos, quando já se pensava no prolongamento. Klinsmann levou as mãos à boca – incrédulo. Seria injusto, mas o futebol não está para justiças.
A outra foi no fim do tempo-extra. Um livres estudado levou Jones a ficar na cara de Courtois. Ganhou o belga, desesprou o técnico alemão dos EUA.
Marc Wilmots – amigo de Klinsmann – tinha dado a lição aos seus jogadores. Só não contava com Howard. Como dobrar 1,91 metros de aço e uma experiência de 35 anos que faz vida debaixo da baliza dos EUA?
A Bélgica respondeu com ataque. Muitos ataques. Precisamente 38 (contra 14). E 27 remates à baliza, contra 9.
E só no prolongamento, De Bruyne (93’) e Lukaku, a passe de De Bruyne (105’), respiraram de alívio, quando viram o guarda-redes que está emprestado eplo Manchester United ao Everton estendido no chão.
Estádio Arena Fonte Nova, Salvador.
Bélgica-EUA, 0-0 (2-1, após prolongamento)
SOL