A urna, coberta com a bandeira nacional, encontra-se colocada em frente à porta principal do Panteão.
Numa almofada colocada aos pés da urna, estão as condecorações oficiais com que a poetisa foi agraciada em vida, nomeadamente a da Ordem do Infante e a Ordem da Torre e Espada.
Os clarins da Guarda Nacional Republicana (GNR) anunciaram, pouco antes das 19h00, a chegada do cortejo fúnebre de Sophia de Mello Breyner Andersen ao Panteão Nacional.
Na rampa em frente ao Panteão, cerca de duas centenas de pessoas aguardavam a chegada da urna com os restos mortais da poetisa.
No adro do monumento, encontram-se várias personalidades convidadas, entre as quais o Presidente da República e a mulher.
Em frente ao Panteão, uma tela em tamanho gigante reproduz uma fotografia de Sophia, tapando um prédio em ruínas.
Perto das 18h30, o armão militar com os restos mortais da poetisa passou em frente à Assembleia da República, onde se encontrava uma delegação parlamentar chefiada pela presidente do parlamento, Assunção Esteves.
O cortejo fúnebre seguiu depois em direcção ao Panteão Nacional, monumento que não fica muito distante da casa na colina da Graça, onde viveu a poetisa.
Antes da passagem pelo edifício do parlamento, o patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, celebrou uma missa na Capela do Rato, à qual assistiram perto de 80 pessoas e que terminou cerca das 18h10.
O Parlamento aprovou por unanimidade, no passado dia 20 de Fevereiro, a concessão de honras de Panteão Nacional à escritora.
Falecida aos 84 anos, Sophia de Mello Breyner Andresen foi autora de vários livros de poesia, entre os quais "O Nome das Coisas" e "Coral", de obras de ensaio, designadamente "O Nu na Antiguidade Clássica", contos, como "Histórias da Terra e do Mar", ficção infantil, como "A Fada Oriana", "A Menina do Mar" e "Noite de Natal", e também teatro, "O Colar", tendo traduzido vários autores, como Dante e William Shakespeare.
Lusa/SOL