A máquina alemã: o braço de Neuer e a cabeça de Hummels

O único sorriso que se viu na cara do guarda-redes alemão Manuel Neuer foi no final do jogo, mas logo fez questão de recolher aos balneários. Aliás, nem dele nem dos outros alemães se viu muito mais do que isto. Ninguém festejou a passagem às meias-finais. Os franceses desataram num pranto.

A máquina alemã: o braço de Neuer e a cabeça de Hummels

Há uma razão para a Alemanha não festejar. Ainda não ganhou nada e estar nas meias-finais é uma coisa banal: é a quarta vez consecutiva que o faz num Mundial. É a primeira selecção a consegui-lo. O Mundial – à séria – começa agora para Loew e os seus autómatos.

À França resta-lhe a consolação. De ver repetida a cena. Foi assim em 1982 e 1986 – aí saiu eliminada pelos alemães nas meias-finais.  

São velhos inimigos – inimigos íntimos – dentro e fora do campo. É um duelo à escala planetária, mesmo no panorama geopolítico. Aqui, apesar de Merkel ser uma adepta da Mannschaft, trata-se de bola. E aí, são os alemães que a tratam melhor.

O jogo não foi mítico como o duelo decidido a penáltis na Espanha de 1982, no Sánchez Pizjuán em Sevilha, depois de empatar 3-3, com quatro golos no prolongamento.

No Maracanã, o jogo não foi tão impactante. Teve uma fria Alemanha no calor do Rio de Janeiro.

Fria na cabeça de Hummels, aos 13 minutos, quando bateu Lloris e, a partir daí, controlou o adversário. No final, mesmo no final, a bomba de Benzema parou no braço esticado de Neuer. Imóvel, sem mexer mais um músculo, ergueu o braço, abriu a mão e a bola fez ricochete. Foi aí que toda a França percebeu que estava eliminada. E os alemães recolheram aos balneários.

 

Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro.

França-Alemanha, 0-1

 

 

 

SOL