Do grupo total, que inclui três mil cientistas, destacaram-se ainda os portugueses
Mário Figueiredo, engenheiro da Universidade de Lisboa, com 4622 citações e o biólogo Miguel Araújo, do Conselho Superior de Investigações Científicas (Espanha).
Peres tem desenvolvido trabalho central dedicado ao grafeno, uma forma bidimensional do carbono muito promissora para aplicações na electrónica. A sua obtenção é relativamente fácil, pela esfoliação de grafite, e é mais rápido que o silício e mais forte que o aço. As inúmeras aplicações futuras passam por áreas diversas da electrónica, das células solares a aplicações biomédicas (retinas artificiais, por exemplo), passando por componentes para computadores.
Peres, que coordena um grupo naquela instituição que ganhou recentemente uma bolsa Graphene Flagship – que integra dezenas de grupos europeus que se dedicam ao estudo deste novo material – é um dos maiores estudiosos do grafeno da actualidade, e colabora com frequência com os físicos russos Andre Geim e Konstantin Novoselov, galardoados com o Nobel da disciplina em 2010.