1986, Argentina Revisited

Há um filme de Glauber Rocha de 1964 cujo título pode ajudar a definir esta crónica. Deus e o diabo na terra do sol. Foi mais ou menos isto. A Messi chamam-lhe de tudo – desde o Messias (trocadilho fácil com o seu nome) a Deus, um plágio descarado do nome que pertence a Maradona.…

1986, Argentina Revisited

A Argentina ganhou por 1-0 e passou às meias-finais – o que não acontecia desde 1990. E agora está a espera do Holanda-Costa Rica.

Bien sur. Ganhar à Bélgica na fase a eliminar num Mundial é uma viagem ao passado. Em 1986, aconteceu nas meias-finais.

Não havia ainda Messi, havia Maradona (marcou os dois golos 2-0, aos 51’ e 63’). Não havia Courtois, havia Jean-Marie Pfaff na baliza dos belgas (sim, dois colossos de luvas). O Estádio Brasília levou 68.551, um pouco menos que o Estádio Azteca, Cidade do México (110 mil).

 

Havia uma das melhores selecções da Bélgica de sempre, e repetiu-se agora com uma geração de ouro que ainda vai dar muito que falar. Tanto uma como outra, caíram eliminadas aos pés da Argentina. Em 1986 os belgas podem queixar-se do juiz-de-linha, o português Carlos Silva – auxiliar de Carlos Valente, que anulou (mal) vários lances perigosos. 

Já toda a gente sabe que Messi faz de Maradona – desde o pé esquerdo (ambos famosos, os pés) à baixa estatura, aqui ganha Messi com 1,69m contra 1,66.

A perda de bola de Kompany no meio-campo, abriu espaço para o bailado de Messi que cedeu a bola (e o protagonismo) a Higuáin. Este marcou e o jogo acabou aí, aos 8 minutos. O seleccionador argentino, Sabella, ia adormecendo com tanto sono.

 

Estádio Nacional, Brasília

Golo

1-0 por Higuáin, aos 8'.

SOL