Brasil-Alemanha. O que foi pior, as mãos de Kahn ou o cabelo de Ronaldo?

Foi em 2002 que os dois se cruzaram. As mãos “generosas” do guarda-redes alemão e o penacho do avançado brasileiro enfrentaram-se na final do Mundial da Coreia/Japão. O trunfo capilar resultou. Doze anos depois, Alemanha e Brasil voltam a encontrar-se, agora nas meias-finais. Com Neuer e Fred. Será que melhorou? 

Ok, estamos a ser injustos para com o alemão, que muitos brasileiros chamam de “amigo”. E foi-o de facto. Amigo. Para os brasileiros. Mas também bom guarda-redes. Mas aquela final de 2002… ahhh… que pena Oliver.

A final de 2002 em imagens

Agora tem 45 anos. Mas já foi mais jovem (queremos dizer ágil) e excelente entre os postes. Senão não tinha ganho oito Bundesligas e seis Taças da Alemanha, mais uma Liga dos Campeões – tudo com o Bayern Munique. Pela selecção alemã sagrou-se campeão europeu, em 1996.

No CV conta com títulos importantes como o melhor guarda-redes do Mundo (3 vezes) e da Europa (4 vezes). Foi o Jogador do Ano na Bundesliga em 2000 e 2001 e recebeu o troféu Lev Yashin em 2002.

Foi mesmo considerado o melhor jogador do Campeonato do Mundo 2002. 

Aqui deve ter sido usado o mesmo critério para dar o galardão a Ronaldo quatro anos antes – quando este entrou na final de Paris depois de um ataque epiléptico e não jogou nada. Perdeu essa final para a França. Lembra-se? Um jogo não estraga uma carreira. Ponto. Foi esse o critério.

Essa história da final do Mundial-98 está também relacionada com o cabelo de Ronaldo, quatro anos depois na final de Yokohama-2002.

Cortou o cabelo como a personagem Cascão, da Turma da Mônica.

“É uma coisa nova, tentei mudar um pouco. Eu mesmo cortei”, disse na altura. O corte não tinha sido inspirado em ninguém, muito menos foi fruto de uma aposta ou promessa.

Agora, veio rebater essa tese. “Tinha o costume de raspar o cabelo e antes do jogo contra a Turquia, fui raspar e deixei em cima. Quando fui brincar no corredor [do hotel], os meninos [outros jogadores] duvidaram que eu deixaria o cabelo daquele jeito. Acabei deixando e aproveitei aquilo para tirar o foco de uma lesão que eu tinha na época”, contou agora.

Bem, a verdade é que aquele penacho horrível resultou. Pelo menos deu para assustar Kahn. Que largou a bola e a deixou de bandeja para Ronaldo. E o Brasil conquistou o “penta”.

 

 

SOL