SOL&SOMBRA

O mais e o menos da semana visto por José Antóio Lima

Carlos do Carmo

O Grammy Latino que agora lhe foi atribuído pela excelência da sua carreira não é propriamente um Oscar da música, como algumas notícias quase faziam crer. Mas é uma importante distinção internacional e o reconhecimento, no continente americano, de um cantor extraordinário de um pequeno país. Um cantor único que, ao longo de 50 anos de carreira, tem conseguido manter-se sempre no topo, alargar as suas audiências e ser um exemplo para as novas gerações. É com toda a justiça que irá receber o prémio a Los Angeles, em Novembro.

Maria de Belém

A presidente do PS tem dado cobertura a todos os expedientes dilatórios e legalistas apresentados por Seguro para atirar a escolha dos socialistas para o final de Setembro (prolongando por vários meses o triste espectáculo que os socialistas vêm dando ao país). Mas excedeu os limites da desresponsabilização e da dissimulação ao atirar para cima da PGR a tarefa de averiguar os desacatos e insultos de que António Costa foi alvo em Ermesinde por parte de apoiantes de Seguro. A presidente do PS não tem meios para identificar e punir as próprias militantes do partido? E acha que a PGR não tem mais que fazer? Belo método de sacudir a água do capote…

 

 

Alberto João Jardim

Ao ver a sua sucessão e a sua vida política a andarem para trás, encostado às cordas pelo resgate da dívida da Madeira, resolveu agora dar o dito por não dito, mais uma vez, e abrir caminho à sua recandidatura. Para tanto, não se coíbe de atacar o Governo do seu partido e o próprio líder do PSD. Eis um bonito exemplo de solidariedade política e fraternidade partidária.

 

 

 

 

Henrique Granadeiro

A sua decisão de aplicar 900 milhões de euros na Rioforte e no grupo Espírito Santo já provocou um verdadeiro terramoto na PT: queda das acções a pique para níveis de há quase 20 anos, demissões de administradores brasileiros e o mais que aí virá. Colocou a PT a ajudar Ricardo Salgado, com riscos de prejuízo na operação e suspeições de a decisão se dever mais a questões pessoais do que empresariais. Tal como Salgado, o seu futuro de gestor pode acabar aqui.