Vinhos para convidados

Acha importante a qualidade dos vinhos servidos aos convidados, nesta época em que o assunto se tornou moda? Joaquim Nunes

Esta mania agora de um casamento perfeito entre cada prato e o seu vinho específico parece-me parvenue. Mas alguns aspectos há que ter em conta, para contribuir com o vinho para o sucesso da comida e da refeição.

Já lá vai o tempo em que se dizia haver um só vinho: o tinto. Hoje até há vinhos brancos excelentes, e os rosés vão sendo cada vez melhores. Basta seguir umas regras básicas: para aperitivo, alguma coisa fresca, desde o champagne ao bom espumante, passando por um branco apreciável ou um rosé bonzito; para comidas mais ligeiras, brancos ou tintos novos e suaves; para assados complexos, tintos encorpados. Servem-se primeiro os brancos, e depois os tintos.

Aconselhe-se sobre marcas concretas com um bom comerciante da especialidade, ou nalgum dos inúmeros guias que por aí pululam.

Há cada vez mais connaisseurs e apreciadores que lhe agradecem o agasalho de um bom vinho. E há também os que vão na moda, e querem mostrar mais do que sabem.

Estou a lembrar-me de uma pessoa conhecida que costuma informar-se discretamente sobre o vinho que vai ser servido – para depois o provar com estardalhaço, e ir adivinhando (e obviamente acertando) todas as suas características: zona, ano, castas, tudo. Nesse caso, vale a pena testá-lo, e ver se consegue adivinhar o que o interlocutor comeu na véspera ao pequeno-almoço, como faz o americano Parker.