Argentina-Holanda. O golo de Bergkamp é uma lenda, o relato é uma berraria

Estamos em 1998, está sol e a Argentina tem Almeida, Claudio López, Simeone, Batistuta, Ortega, Verón e Zanetti. A Holanda tem Bergkamp e quer avançar para as meias-finais. O golo é uma lenda, os berros do locutor também.

Argentina-Holanda. O golo de Bergkamp é uma lenda, o relato é uma berraria

Duas grandes selecções e a cidade de Marselha como palco dos quartos-de-final. Holanda-Argentina: Kluivert marca primeiro para os holandeses; responde Claudio López. Aos 12’ e aos 18’. Tudo rápido e muito cedo. Coisa de miúdos.

Até que para o último minuto estava guardado o melhor bocado. O capitão Frank De Boer, depois de dar quatro toques na bola ainda no seu meio-campo, vê um vulto laranja perdido no oceano celeste argentino. Do seu pé esquerdo sai um balão certeiro para o pé direito de Bergkamp. E é aí que começamos a ter pena de Ayala.

O que Bergkamp lhe fez não se faz a ninguém. Roa, na baliza, deixou o braço esticado no ar. Um misto de pedido de falta (desespero) e de piedade. Era o fim da Argentina no Mundial e o começo de uma lenda.

Dennis Bergkamp deixa-se cair no chão a festejar. O mundo estava seus pés – principalmente naquele pé direito.

 

 

SOL