Costa Concordia pode voltar a flutuar a partir do dia 14

O paquete de cruzeiros Costa Concordia, que naufragou ao largo da ilha italiana de Giglio, poderá tecnicamente voltar a flutuar a partir do dia 14, anunciou hoje o armador. 

A decisão definitiva sobre o início da operação, da responsabilidade do Observatório do Ambiente, está condicionada pela evolução do tempo nos próximos dias, acrescentou. 

O consórcio Titan Micoperi, encarregado da operação, anunciou que será interdita a navegação durante as várias fases da operação, o que afectará a circulação de embarcações na zona.

A operação, que se deverá prolongar até dois dias, terá depois uma segunda fase, de outros quatro a cinco dias, de estabilização do navio, após o que se seguirá a partida de Giglio para o porto de Génova, onde será desmantelado, segundo o caderno de encargos de um contrato no valor de 100 milhões de euros que criará dezenas de postos de trabalho.

A última viagem no Mediterrâneo terá 280 quilómetros e durará cerca de quatro dias, com o navio a passar a 25 quilómetros da Córsega e a 10 quilómetros da ilha italiana de Capraia.

As condições meteorológicas são as condicionantes da viagem, que nãos e realizará o caso de se verificarem ventos superiores a 15 nós (30 quilómetros/hora) e ondas com mais de dois metros.

O Costa Concordia naufragou no passado dia 13 de janeiro de 2012, após embater violentamente contra um rochedo, tendo resultado do desastre 32 mortos e dezenas de feridos entre as mais de 4.000 pessoas a bordo.

O comandante, o italiano Francesco Schettino, foi o único a ser julgado por homicídio por imprudência, naufrágio e abandono do navio. Outros membros da tripulação receberem penas menos duras.

A operação de recuperação do navio, que já ultrapassou os mil milhões de euros, é a ambiciosa e espectacular alguma vez tentada para um navio de passageiros.

Lusa/SOL