Para chegar aqui foi preciso ir ao desempate nos penáltis. Aí, o guarda-redes argentino virou herói. Romero defendeu dois penáltis (os de Vlaar e Sneijder). O trunfo que o seleccionador holandês Van Gaal usou na eliminatória anterior com a Costa Rica ficou no banco – o guarda-redes Tim Krul foi suplente assistiu a tudo de fora, ele que tinha sido crucial. O titular Cillessen não esteve a altura das suas luvas, mas não teve culpa: os argentinos marcaram tudo bem.
Por isso a Holanda caiu. A Holanda que perdeu a final de 1978 para a Argentina, voltou a fazê-lo agora, mas numa meia-final. Os poucos remates que fez também não ajudaram (3 contra 5 em 120 minutos). Pouco.
É a quinta final da Argentina. Ganhou duas – a de Kempes em 1978 e a de Maradona em 1986 (com a Alemanha). Perdeu duas, a de 1930 para o Uruguai e a de 1990 para a Alemanha. Vem aí o tira-teimas.
Messi correu e saltou quando Romero defendeu o último penálti. Robben foi consolar a filha, desolada na bancada ao colo da mãe. Duas faces de uma moeda que caiu do lado certo do argentino. A ele que precisa de um título mundial para acabar com as dúvidas – as dúvidas de que a camisoola que usa (o 10 que foi de Maradona) é digna de ser vestida por si.
Estádio Arena de São Paulo.
Argentina-Holanda, 0-0 (4-2 no desempate por g.p.)
Penáltis
0-0, falhou Vlaar, (Holanda);
1-0, marcou Messi (Argentina);
1-1, marcou Robben;
2-1, marcou Garay;
2-1, falhou Sneijder;
3-1, marcou Aguero;
3-2, marcou Kuijt;
4-2, marcou Maxi Rodríguez.
SOL