Desaconselhada pelos médicos, Denise decidiu ir para casa assistir à partida do Brasil com a Holanda, apenas dois dias depois de ter dado à luz. Falou com Bebeto pouco antes do jogo, um ritual que o casal cultivou durante todo o Campeonato do Mundo. Nessa conversa, o avançado afirmou que marcaria um golo e o dedicaria a Matheus.
Cumpriu ambas as promessas. Marcou e, a seguir ao golo, Bebeto foi comemorar balançando os braços como se estivesse a mimar um bebé, um gesto que ficou tão célebre que é copiado até hoje. Por profissionais ou amadores de fim-de-semana.
O Brasil ganhou esse jogo em Dallas por 3-2 (Romário, Bebeto, Branco; Bergkamp e Winter) e seguiu para as meias-finais, onde derrotou a Suécia (1-0, golo de Romário). Acabaria na final a vencer o ‘tetra’, mas só nos penaltis dobrou a Itália (sim aquele penálti falhado por Roberto Baggio).
Para a história ficou o tetra e uma das piores finais de sempre de um Mundial. E, claro, o gesto de Bebeto.
Hoje há outro Brasil-Holanda. Sem Bebeto e sem interesse, pelo menos nas palavras do seleccionador holandês Van Gaal, que dise não lhe apetecer ir a jogo.
SOL