O jogo era o da consolação. Assim o chama por ter pouco interesse este duelo entre dois derrotados. A Holanda saiu a sorrir, mas pouco, apenas com o dever cumprido de arrecadar a medalha de bronze. Mas parece inglório. Sai do Mundial sem nenhuma derrota sofrida em sete jogos – é a quarta vez que uma selecção termina um Campeonato do Mundo sem a coroa de campeão e invicta em sete partidas (depois de Brasil em 1978, Itália em 1990 e França em 2006).
Facto: o Brasil conquistou apenas metade dos pontos possíveis. E isso é algo que não pode acontecer numa terra que respira futebol. Nem a Scolari, que conquistou o ‘penta’ em 2002 e deu a última grande alegria ao povo brasileiro. Mas desta vez foi longe demais – nos últimos dois jogos, o Brasil encaixou 10 golos (7-1 com a Alemanha e agora 3-0 com a Holanda).
Pois é Felipão, assim não dá. Saiu vaiado. Ele e os jogadores.
Os primeiros assobios chegaram cedo. Tão cedo como o golo da Holanda, logo aos 3 minutos. O árbitro decidiu marcar penálti na falta fora da área sobre o super-sónico Robben. Van Pesie não perdoou.
Aos 17 minutos, outro golo. Blind. E o medo de nova derrocada como a repetição do jogo com os alemães pairou em Brasília.
Mas calma, chegou só mais um golo. Perder por 3-0 até nem pareceu assim tão mau depois da Alemanha. Robben esteve nos três golos, Júlio César esteve em todos os que o Brasil sofreu – e ficou com o recorde de ser o guarda-redes brasileiro mais batido de sempre num Mundial (18 golos em 12 jogos).
Estádio Nacional, Brasília.
SOL