Vítor Bento

Chega à presidência executiva do BES quase como o ‘salvador da banca’, depois de uma carreira de economista que lhe trouxe crescente prestígio e merecido respeito pela sua independência, qualidade de análise e capacidade de gestão. Entra no BES num momento crítico e grave da instituição, em que o poder da família Espírito Santo se desconjunta e desvaloriza de dia para dia. E o desafio pessoal e profissional é precisamente esse: o de recuperar a confiança e a reputação abaladas da marca BES. Bem como a sua depauperada influência de mercado. Para já, tem o apoio inquestionável de quase todos os sectores, a começar pelo Banco de Portugal. E condições para formar, com Moreira Rato, uma excelente equipa de gestão.

Cavaco Silva

O Presidente da República bem pode agradecer a Manuel Alegre a intermediação que tornou possível fazer sair um comunicado da última reunião do Conselho de Estado – que esteve quase para não ser aprovado e sem o qual o Presidente veria a sua iniciativa e a sua posição claramente enfraquecidas. Assim, ainda que sem possibilidades de concretização prática até às legislativas de 2015, lá ficou o apelo presidencial a entendimentos políticos alargados. Quanto mais não seja, para memória futura.

 

 

António José Seguro

Acossado na luta pela liderança do PS, tem vindo a extremar gratuitamente as suas intervenções. Promete tudo e mais alguma coisa, desde devolver subsídios, salários e pensões à reabertura de tribunais. E questiona a isenção de figuras respeitadas como Vítor Bento, que ele próprio convidou e recebeu nas reuniões do Novo Rumo do PS… Tanto frenesim de promessas e tão pouca coerência de atitudes apenas fragilizam ainda mais a sua imagem de has been da política.

 

 

Francisco Louçã

É um especialista na arte dos abaixo-assinados e um explorador incansável do filão da reestruturação da dívida. O produtivo Manifesto dos 74, que arrastou na rede alguns ingénuos do centro-direita, teve direito a réplica com o internacionalizado Manifesto dos 74 economistas estrangeiros. Agora, deu lugar ao Manifesto dos 74 menos 70 e ficou o Manifesto dos 4. Sempre a bater nas mesmas teclas demagógicas e irrealistas. O que virá a seguir?
José António Lima