De acordo com os cientistas, basta caminhar 20 minutos três vezes por semana para ajudar na oxigenação do cérebro e na consequente prevenção da doença.
Os peritos consideram que a doença de Alzheimer, uma doença neurológica complexa relacionada com a idade, pode ser influenciada pela genética e também pelo ambiente.
Com o aumento da população e da idade média de vida, o estudo considera que 106 milhões de pessoas poderão sofrer de Alzheimer em 2050, contra 30 milhões em 2010, de acordo com estimativas realizadas em 2007.
O estudo, conduzido por Carol Brayne, professora de Saúde Pública na Universidade de Cambridge, interessa-se por sete factores de risco comprovadamente ligados à doença: diabetes, hipertensão e obesidade surgidas a meio da vida, inactividade física, depressão, tabagismo e baixo nível de educação.
Ao reduzir cada um destes factores de risco em 10%, será possível baixar a incidência de Alzheimer até aos 8,5% até 2050, e evitar nove milhões de doentes.
Em 2011, alguns especialistas consideraram que um em cada dois casos de Alzheimer podia ser evitado com mudanças no estilo de vida e no bem-estar pessoal.
Este novo estudo estima que esta proporção é demasiado elevada, dado que há factores associados.
Por exemplo, a diabetes, hipertensão e obesidade estão ligadas à inactividade física, e todos são influenciados pelo nível de educação.
O artigo, publicado na revista The Lancet Neurology, é um modelo matemático fundado na noção de que os sete factores de risco são as causas, mais do que simples relações estatísticas – uma hipótese frequentemente debatida em medicina.
"Apesar de não existir um único meio para evitar a demência, é possível reduzir os riscos de sofrer da doença", indica Brayne num comunicado publicado na segunda-feira pela universidade de Cambridge.
"Sabemos que vários destes factores estão frequentemente ligados. Se atacarmos a inactividade física, por exemplo, podemos reduzir os níveis de obesidade, hipertensão, diabetes e evitar a demência em certas pessoas, elevando a qualidade de vida dos seniores", acrescenta.
Lusa/SOL