Um Mundial anatómico, da boca de Suárez à joelhada em Neymar

Foram 31 dias, 64 jogos em 12 estádios. Na 20.º edição do Campeonato do Mundo houve destaques bons e maus. Como os golos e as defesas. Aqui estão eles.

Um Mundial anatómico, da boca de Suárez à joelhada em Neymar

Mordidela de Suárez

Impossível contornar a mordidela mais famosa do mundo (a par das do Conde Vlad e a de MikeTyson). Só Chiellini não a conseguiu contornar. E Ivanovic, quando o defrontou com o Chelsea. As dentuças de Suárez têm destaque neste Mundial.

 

 

 

Mergulho de Van Persie

Mas este mergulho é dos bons. É holandês – mas não é como os de Robben. Esses não prestam. Este de Van Persie é uma das maravilhas do Brasil, juntamente com o Corcovado, as obras de Niemeyer e os poemas de Jobim. Com Sneijder fizeram uma bela tripla. Tão bela quanto esta.

 

A joelhada de Zuñiga

Deitar abaixo o Brasil, dá vaia na Dilma. Deitar abaixo Neymar é pecado – teve mais exibições na Globo do que a novela do horário nobre. Foi isso que o colombiano fez. Partiu uma das costelas a umas das estrelas da prova. Desnecessário. O esgar de dor de Neymar até a nós nos magoou.

 

 

 

A choradeira do Brasil

Claro que David Luiz está à frente. Chora quando toca o hino, chora quando perde 7-1 com a Alemanha. Chora na entrevista quando pede desculpa ao povo brasileiro. Choram todos. Porque não sabem celebrar. Certo, Neymar?

 

 

Costa Rica

Estar no “grupo da morte” e fazer de assassina é obra. Entrou como a equipa a ser batida e acabou a bater. Deu cabo dos três campeões do mundo e foi-se embora a rir. Ganhou ao Uruguai (3-1) e à Itália (1-0). O empate com a Inglaterra (0-0) foi igual a uma derrota para os ingleses. Depois apanhou um campeão europeu – a Grécia – e a receita foi a mesma. Adeus. Só parou quando viu a Holanda. Já era demais.

 

James

Num Mundial com Messi, Cristiano Ronaldo, Suárez, Robben, Muller, Rooney, Iniesta, Neymar, Sánchez, Benzema ou Dzeko, conseguiu que só se falasse nele. James Rodríguez foi o melhor marcador. E com dois dos golos mais bonitos. E foi o mais falado. É obra. E não foi por causa do gafanhoto.

 

 

 

 

Tim Howard

O muro, a muralha, a parede. You name it. Parou tudo, ou quase. Aquela exibição frente à Bélgica deixou dois países loucos. Ainda mais os outros que assistiram à sua exibição. O americano tem muito para contar. Mas não ao ouvido.

 

 

 

O prémio a Messi

Maradona e Blatter estiveram por uma vez de acordo. A Bola de Ouro para Messi pareceu uma brincadeira. Não que o argentino seja mau – isso é impossível – mas não foi o melhor. Uma viagem ao passado iria fazer-lhe bem. E devolver  prémio também.

 

 

 

7-1

Parece quase uma marca, mas os 7-1 pregados pela Alemanha ao Brasil merecem um capítulo à parte. Aos 29 minutos havia 5-0 (Müller, Klose, Kroos, Kroos, Khedira). E muito choro brasileiro nas bancadas. Numa meia-final. Sério, Brasil? (ah ainda houve tempo para os dois golos de Schürle). Estar ou não estar, para o Brasil seria igual.

 

 

 

Tim Krul

Foi outro dos momentos da "Copa". Aquela substituição de Van Gaal. Entrou só para os penáltis e resultou. Deu cabo da Costa Rica. Mas não era preciso fazer isto a Jasper Cillessen. ISTO.

 

 

Os campeões

Golearam Portugal (4-0) e o Brasil (7-1) e derrotaram Messi. É preciso mais? Nem Schweinsteiger nesta idade sonhava com uma coisa assim.

 

Piadas

Este foi o Mundial das piadas. Houve para todos os gostos. Desde os choramingas dos brasileiros, ao playboy Ronaldo (sim o português), à baixa estatura de Valbuena.

 

SOL