Avião da Malaysia Airlines abatido na Ucrânia

Um Boeing 777 da Malaysia Airlines caiu esta quinta-feira na Ucrânia, junto à fronteira com a Rússia. O aparelho terá sido abatido, estando o Governo ucraniano e os separatistas pró-russos a acusarem-se mutuamente de terem provocado a queda da aeronave. 

Seguiam 295 pessoas a bordo no voo que ligava Amesterdão a Kuala Lumpur. "A Malaysia Airlines perdeu o contacto com o voo MH17 de Amesterdão. A última posição conhecida foi sobre o espaço aéreo ucraniano", lia-se no Twitter oficial da companhia aérea malaia logo após o acidente.

Imagens do local do impacto, perto de Donetsk, mostravam uma enorme coluna de fumo.

À Reuters, fonte dos serviços de emergência daquela região relataram que pelo menos 100 cadáveres foram encontrados e que existem destroços da aeronave num raio de 15 quilómetros de distância do local onde o avião se despenhou.

Refira-se que várias aeronaves militares foram abatidas no leste da Ucrânia desde o início da acção separatista pró-russa.

Recorde-se também que a Malaysia Airlines tinha sido abalada em Março pelo desaparecimento de um outro Boeing 777 que seguia de Kuala Lumpur para Pequim. Os destroços do aparelho, presumivelmente caído no sul do Oceano Índico, ainda não foram localizados.

Quem disparou?

Uma fonte do Ministério do Interior ucraniano acusou os combatentes pró-russos de terem abatido o aparelho, adiantando pouco depois do acidente que não haveria sobreviventes. O acidente é o resultado de um "acto terrorista", acusaram, ainda segundo a Reuters.

Mais tarde, foi a Associated Press a avançar que quer o presidente da Ucrânia quer o líder do grupo separatista pro-russo vieram excluir qualquer responsabilidade no acidente.

Andrei Purgin, chefe dos pró-russos, disse à esta agência noticiosa que tinha a certeza de que as tropas ucranianas tinham abatido o avião, apesar de não ter dado qualquer justificação para a afirmação.

Putin informa Obama sobre o sucedido

A notícia da queda do aparelho foi já abordada entre o presidente russo Vladimir Putin e o chefe de Estado norte-americano, Barack Obama, informaram a Casa Branca e o Kremlin.

"O Presidente russo deu a Obama relatórios de controladores aéreos que tinham chegado momentos antes da conversa telefónica e que indicavam que o avião se tinha despenhado na Ucrânia", disse o Kremlin em comunicado