As duas principais companhias aéreas sul-coreanas, a Korean Air e a Asiana, a australiana Qantas e a taiwanesa China Airlines indicaram ter alterado as rotas dos seus aparelhos para evitar a Ucrânia desde o início de Março, quando as tropas russas entraram na Crimeia.
"Nós deixámos de voar no espaço aéreo da Ucrânia por razões de segurança", declarou Lee Hyo-Min, porta-voz da Asiana.
A Korean Air deslocou a trajectória dos seus voos a 250 quilómetros a sul da Ucrânia desde 03 de Março, "na sequência dos problemas políticos na região", informou à AFP o porta-voz da companhia.
O voo Londres-Dubai passava pela Ucrânia mas a rota foi modificada "há vários meses", segundo um porta-voz da Qantas. A China Airlines também alterou os seus planos de voo desde 03 de Abril.
Interrogado sobre a questão, o primeiro-ministro malaio, Najib Razak, disse que a rota tinha sido declarada "segura" pela Organização Internacional de Aviação Civil.
"E a Associação Internacional de Transporte Aéreo declarou que o espaço aéreo que o aparelho estava a atravessar não estava sujeito a restrições", acrescentou o primeiro-ministro.
Evitar o espaço aéreo sobre as rotas entre a Europa e a Ásia aumenta a duração do voo e a factura no combustível.
A Singapore Airlines disse ter "redireccionado as rotas de todos os voos" nos corredores contornando a Ucrânia, sem precisar a data da tomada da decisão.
A companhia de Hong Kong, Cathay Pacific, informou não usar aquele espaço aéreo "há algum tempo".
A organização europeia de segurança e navegação aérea (Eurocontrol) restringiu aquele espaço aéreo e Kiev interditou a zona.
A Thai Airways, Vietnam Airlines et as companhias chinesas Air China e China Eastern contornam o leste da Ucrânia desde o acidente de avião da Malaysia Airlines.
Os planos de voos dos aviões das transportadoras japonesas Japan Airlines e All Nippon Airways, e da indonésia Garuda não utilizam os corredores da Ucrânia, informaram.
Contactada pela Lusa, a TAP – Air Portugal esclareceu que a transportadora portuguesa "não utiliza o espaço aéreo ucraniano".
Um Boeing 777 da Malaysian Airlines fazia na quinta-feira a ligação entre Amesterdão e Kuala Lumpur com 298 pessoas a bordo e desapareceu dos radares da Ucrânia a uma altitude de 10.000 metros.
Segundo responsáveis dos serviços secretos norte-americanos, o avião foi abatido por um míssil terra-ar de origem ainda desconhecida.
Lusa/SOL