O núcleo de Coimbra da AMI estava "à espera de receber muito mais" queixas durante a iniciativa, anunciada no início de Junho, afirmou Bárbara Barata, membro da organização, considerando que o número também pode traduzir "a falta de participação das pessoas".
As queixas estavam relacionadas com discriminação sexual, de género, violência doméstica, direitos laborais ou desemprego, explicou a membro do núcleo regional, durante a apresentação dos resultados da campanha, que teve lugar esta tarde no café Santa Cruz, em Coimbra.
A campanha, que envolveu também a distribuição pela cidade de 250 cartazes com mensagens como "Queres mudar o mundo comigo?" ou "De que tens medo?", visava "sensibilizar a comunidade pelo respeito dos direitos humanos" e "informar os cidadãos sobre como reagir e que mecanismos utilizar" em causa da violação dos seus direitos.
"Sem participação é mais fácil o povo estar silenciado", alertou Bárbara Barata, frisando que a iniciativa tinha como objectivo "dar voz às pessoas".
O presidente da AMI, Victor Nogueira, também presente na sessão, realçou que é necessário dar instrumentos às pessoas para que se emancipem e salientou que os direitos humanos não estão garantidos.
"Vemos pessoas a morrer quanto tentam chegar à Europa sem que lhes seja prestado qualquer auxílio, a tortura é admitida em alguns países" e grandes empresas não são "responsabilizadas", exemplificou, referindo que há "uma erosão dos direitos" das pessoas.
Lusa/SOL