Temos em primeiro lugar que Passos e a sua equipa nos habituaram a prometer tudo de bom nas campanhas eleitorais, anunciar depois coisas assim-assim no Governo, e concretizar finalmente as piores.
Quanto à Natalidade, nada a atingiu mais do que as medidas de austeridade do Governo, que atiraram para o desemprego ou para a emigração os melhores de muitos, visam um emprego pago em concorrência com os países sem politicas sociais (num liberalismo tosco e de 3º Mundo), levou as empresas a não respeitarem os funcionários (diminuem-lhes alegremente os ordenados, e aumentam-lhes os horários de trabalho, perante a indiferença da Inspecção de Trabalho), e finalmente todos os que conhecem raparigas ou senhoras em idade de procriar e com trabalho sabem o pânico que elas têm de ficar à espera de bebés (independentemente de as empresas as terem feito assinar ou não um compromisso sobre a matéria).
De resto, não convence que o mesmo Governo que acabou com os passes para jovens venha agora falar num passe familiar.
A quantidade de gente que se está a juntar às eleições primárias do PS, como simpatizantes, mostra o que as pessoas pensam deste Governo, e a credibilidade que lhe dão (mesmo os mercados, como se tem visto a propósito do caso Espírito Santo).