Em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação Nacional dos Professores Contratados, César Paulo, comentou que o ministério "está agarrado à prova como um cão a um osso, levando a crer que os professores são uns vândalos e irresponsáveis e, [como tal], não pode haver uma reunião sindical" numa escola onde decorre o exame.
A Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) deu indicações hoje às escolas para que, na terça-feira, o acesso aos estabelecimentos onde se realiza a prova fique restrito, até às 14:00, apenas a pessoal envolvido no exame, por forma a garantir as "condições de tranquilidade adequadas".
A Fenprof, maior estrutura sindical de professores, que marcou reuniões para terça-feira de manhã para impossibilitar a realização da prova, considera uma ilegalidade travar os plenários, pelo que anunciou que vai apresentar uma queixa-crime contra o director da DGEstE, participar de quem, nas escolas, impedir a realização das reuniões e chamar a polícia sempre que os dirigentes sindicais sejam proibidos de entrar nos estabelecimentos.
A prova de terça-feira, que foi remarcada com três dias úteis de antecedência, destina-se a todos os professores contratados com menos cinco anos de serviço que a não puderam fazer a 18 de Dezembro, devido a uma greve de docentes e a incidentes em várias escolas.
Para a Associação Nacional dos Professores Contratados, o exame em causa – que visa testar os conhecimentos dos docentes – "é eliminatório", vai levar "professores a deixarem de dar aulas".
Lusa/SOL