“Os governos e os serviços de navegação aérea informam as companhias sobre as rotas em que podem voar e quais as restrições. E as companhias cumprem essas indicações. Foi o caso do MH17”, afirmou o director-geral e presidente executivo da IATA, Tony Tyler, em comunicado.
“O aparelho da Malaysia Airlines estava claramente identificado como sendo comercial. E foi abatido – numa completa violação das leis internacionais e das convenções – enquanto transmitia a sua identidade e presença num corredor aéreo aberto e muito utilizado, a uma altitude que tinha sido considerada segura”, frisou.
Pedindo que rapidamente se passe das palavras aos actos para apurar responsabilidades, Tyler alerta que a investigação deve começar rapidamente e com total liberdade e acesso à área do acidente.
“Os governos devem deixar de lado as suas diferenças e tratar as vítimas e respectivas famílias com a dignidade que merecem”, reforça.
Descrevendo o sucedido no leste da Ucrânia como um “crime terrível” e que “ninguém devia disparar contra aviões civis, seja governos ou separatistas”, Tony Tyler sublinha porém que viajar de avião continua a ser seguro. E que “o transporte aéreo é um instrumento de paz”.
A IATA representa 240 companhias aéreas, responsáveis por 84% do tráfego mundial.