"Nos últimos dias, trabalhámos nos bastidores para contactar com aqueles a cargo do lugar onde caiu o MH17", disse o primeiro-ministro poucas horas antes da entrega das caixas negras, segundo o diário "New Straits Times".
Os rebeldes entregaram as caixas negras aos representantes malaios em Donetsk, no território controlado pelos separatistas, e transportaram num comboio com vagões frigoríficos os cadáveres de 282 dos 298 passageiros e tripulantes do avião sinistrado até à cidade de Járkov, território sob domínio do Governo ucraniano.
A Malásia tem sido alvo de duras críticas por não ser mais contundente com os rebeldes pró-russos, que os Estados Unidos acusam de ter derrubado o Boeing-777 e que durante dias dificultaram o acesso aos destroços do avião pelas equipas internacionais.
"Nos últimos dias, houve momentos em que queria dar mais voz à raiva e dor que o povo malaio sente. Eu também o sinto. Mas às vezes devemos trabalhar silenciosamente para um melhor resultado", disse Najib em Putrajaya, capital administrativa da Malásia.
O Boeing-777 da Malaysia Airlines caiu na quinta-feira passada com 298 passageiros a bordo na região oriental de Donetsk, cenário de combates entre as forças governamentais da Ucrânia e os rebeldes pró-russos.
Lusa/SOL