Bruxelas defende meta de 30% de poupança energética

A Comissão Europeia defendeu hoje uma nova meta de 30% para a poupança energética na União Europeia até 2030, objectivo que considera “realista” com base nos progressos registados nos últimos anos.

Numa comunicação hoje adoptada pelo colégio da "Comissão Barroso", Bruxelas considera "viável" um objectivo em torno dos 30% em matéria de eficiência energética, com vista a uma redução de 40% das emissões de dióxido de carbono (CO2) até 2030, esperando agora ter o apoio dos Estados-membros, atendendo a que uma decisão final será tomada no Conselho Europeu de Outubro.

Segundo o executivo comunitário, o objectivo acordado em 2007 de alcançar 20% de poupança energética até 2020 está perto de ser alcançado, se todos os países cumprirem a legislação já adoptada (na hora actual, sublinha, a estimativa é de uma poupança entre 18 e 19% até 2020), e a nova meta agora proposta (de 30%) é superior aos 25% necessários para reduzir em 40% as emissões de CO2 até 2030.

A comunicação hoje adoptada pela Comissão Europeia já sofreu no entanto críticas de vários quadrantes, incluindo da organização ambientalista Greenpeace, que defendia uma meta de eficiência energética de 40%, e que lamenta o facto de a proposta do executivo comunitário não especificar se o objectivo (de 30%) deve ou não ser vinculativo.

A este propósito recorda que, em Junho passado, sete Estados-membros, entre os quais Portugal – através do ministro do Ambiente, Moreira da Silva -, escreveram à Comissão a pedir um objectivo ambicioso e vinculativo de poupança energética.

Lusa/SOL