O projecto prevê obras avultadas de infra-estruturas, nomeadamente a criação de sistemas anti-sismos e de segurança, rede de esgotos e instalação de elevadores que permitirão levar os visitantes ao oitavo piso – onde, na antiga ‘cantina’ dos administradores do banco, funcionará um restaurante com vista deslumbrante sobre a Baixa de Lisboa e o rio Tejo.
O projecto inclui a abertura de uma loja de design e livraria. Aumentando a zona das reservas da colecção, serão ainda facultadas ao público visitas guiadas a toda a colecção de moda e design contemporâneos do MUDE.
Quando em 2007 o MUDE ocupou, com a colecção Francisco Capelo, o espaço que fora a antiga sede do Banco Nacional Ultramarino, um quarteirão inteiro na Rua Augusta, o edifício tinha passado por uma fase de demolição e estava esventrado e sem destino.
Foi desde logo “assumida a ruína”, explicou ao SOL Bárbara Coutinho, directora deste museu. O projecto que hoje será votado em sessão de Câmara continua a apostar nessa ideia inicial de “deixar ver a ruína e intervir com delicadeza", mas tornará o edifício completamente funcional. De momento, só metade do espaço está ocupado.
O edifício foi em 2010 comprado à Caixa Geral de Depósitos (instituição financeira que assumiu o património do banco que produzia moeda para as colónias) e é neste momento propriedade da Câmara de Lisboa.
Até 2013, o MUDE somou 1,3 milhões de visitantes.