Antigo presidente da Catalunha admite que escondeu dinheiro na Suíça

Jordi Pujol, antigo presidente do Governo da Catalunha, admitiu na sexta-feira que a família escondeu dinheiro no estrangeiro durante 30 anos, sem ser tributado, mas que pretende regularizar a situação. 

Jordi Pujo, 83 anos, que presidiu ao Governo da Catalunha entre 1980 e 2003, e um dos homens mais influentes de Espanha, referiu, em comunicado, que depositou fora do país a herança do pai, que morreu em 1980, mas não precisou o montante, em nome da mulher e dos sete filhos.

"Nos próximos dias, os membros da família vão regularizar a situação da herança", adiantou.

No comunicado, Pujol diz ser o "único responsável" e que está disposto a depor perante as Finanças e a Justiça "caso venha a ser necessário".

Em 2012, o jornal El Mundo publicou notícias sobre um relatório da polícia que indicava que Pujol e a família detinham contas em bancos da Suíça. 

Pujol, que actualmente defende a independência da Catalunha, escreve ainda no comunicado que o "erro que cometeu" atinge os filhos e a mulher e "pede desculpas" a "todas as pessoas de boa vontade que se sintam traídas".

Lusa/SOL