Estes trabalhadores foram contratados pela Câmara de Lisboa a recibos verdes (prestação de serviços) como resposta às greves, que ameaçavam criar um cenário de caos na cidade na semana dos Santos Populares, no mês passado.
As paralisações foram desconvocadas após negociações com a autarquia e depois de António Costa se ter comprometido a abrir um concurso para a contratação de 150 novos trabalhadores para a limpeza urbana e recolha de lixo, disse Vitor Reis, do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML).
Até lá, a solução transitória encontrada pelo município foi a contratação, em regime de prestação de serviços, de 115 trabalhadores que passaram a reforçar a limpeza e a recolha do lixo de Lisboa desde essa altura.
O STML teve, no entanto, conhecimento na semana passada que estes trabalhadores permaneciam sem receber desde que iniciaram funções, a sua maioria a 10 de Junho, tendo pedido de imediato uma reunião com o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, para discutir o assunto.
As explicações que foram dadas ao sindicato para justificar o não pagamento prendem-se com "falta de procedimentos", mas as garantias que receberam foi de que a situação estaria resolvida na próxima semana.
"A partir de segunda-feira, estes trabalhadores vão começar a ser chamados para a regularização da sua situação", disse Vítor Reis.
"É uma situação muito má e que lamentamos, porque estes trabalhadores têm que pagar o seu próprio seguro, os transportes, etc., mas os serviços estão a trabalhar a todo o gás e esperamos que tudo fique resolvido rapidamente", disse.
Entretanto, a expectativa do sindicato é que em Agosto/Setembro esteja aberto o concurso, já aprovado em Assembleia Municipal, para o preenchimento de 150 vagas para a limpeza urbana e recolha do lixo de Lisboa.
Lusa/SOL