Os investigadores que trabalham em laboratórios do Instituto de Saúde norte-americano, combinaram dados de diferentes estudos que os permitiram encontrar variantes comuns, ou com ligeiras diferenças de códigos genéticos de 18.000 pacientes.
Os resultados do grupo de pesquisadores de instituições públicas e privadas internacionais, que compartilharam informações visando acelerar a descoberta de factores de risco genético para a doença de Parkinson, "sugerem que quanto mais variantes uma pessoa tiver, maior é o risco de desenvolver a doença, em alguns casos", refere o estudo publicado pela Nature.
Do total dos genes estudados, os pesquisadores concluíram que nove podem ser a causa de raras formas de Parkinson, doença degenerativa que provoca problemas de circulação, incluindo tremor das mãos, braços, ou pernas, rigidez dos membros e tronco, abrandou movimentos e problemas com a postura.
Através de um estudo comparado com recurso a tecnologia do "Neurox" (que contém os códigos de aproximadamente 24.000 variantes genéticas comuns que se pensa estar associada a um largo espectro de desordens neuro-degenerativas), a equipa confirmou que 24 variantes representam factores de risco genético para a doença, incluindo seis que não haviam sido previamente identificados.
Alguns dos factores de risco genéticos recentemente identificados estão relacionados com a doença de Gaucher, bem como alfa-sinucleína, proteína que forma aglomerados chamados corpos de Lewy nos cérebros de pacientes com Parkinson e certas doenças relacionadas.
"A fase de replicação do estudo demonstra a utilidade do uso de chip Neurox para desvendar os segredos de doenças neuro-degenerativas", disse a investigadora Margaret Sutherland do Instituto Nacional de Distúrbios Neurológicos e Derrame, considerando que os métodos genómicos baseados em dados permite aos cientistas "encontrar a agulha no palheiro que pode levar a novos tratamentos" da doença de Parkinson.
Lusa/SOL