O responsável da petrolífera sublinhou ainda que caso não haja esta convergência de taxas “a fuga para Espanha vai aumentar”.
Para Ferreira de Oliveira as diferenças fiscais ibéricas penalizam não só o sector dos combustíveis como o próprio Estado. Se os portugueses se deslocarem a Espanha para abastecer o carro com combustível mais barato, “aproveitam a viagem e enchem o carro com outros produtos também”, sublinhou o CEO da Galp, durante a apresentação de resultados do primeiro semestre.
Nos primeiros seis meses do ano os lucros da petrolífera caíram 29% para 115 milhões de euros. Os resultados foram penalizados pela descida das margens de refinação, que registaram mínimos históricos.
O preço de referência das margens de refinação caiu 85% para 0,4 dólares. Já nos três meses terminados em Junho a margem de refinação foi mesmo negativa em 0,3 dólares por barril.
O EBITDA (resultado antes de juros, impostos e amortizações) também seguir a tendência de queda, tendo recuado 3,7% para 537 milhões de euros.
A actividade internacional da Galp Energia continua a sustentar os resultados da petrolífera portuguesa. Cerca de 70% do EBITDA é gerado fora de Portugal, principalmente em Angola e no Brasil.
Pelo contrário, a unidade de exploração e produção melhorou 19,3% para 211 milhões de euros, enquanto a de gás e electricidade subiu 19,7% para 238 milhões de euros.
