Keat, as lancheiras 100% portuguesas

Patrícia Teixeira, 35 anos, psicóloga de formação, queria um novo desafio. Reparou que os hábitos alimentares em Portugal, devido à crise, estavam a mudar e juntou-se à irmã Carla, designer, para criar as Keat, as únicas lancheiras 100% portuguesas.

As Keat são inspiradas nas bento box japonesas, mas adaptadas aos hábitos alimentares portugueses: em vez de caixas pequenas para o sushi, caixas (Beats) de diferentes tamanhos para a sopa, prato principal e sobremesa, por exemplo, e uma lancheira. O pack completo inclui, ainda, uma molheira, talheres e uma mala transportadora térmica. 

Patrícia e Carla criaram a empresa Red Teg e lançaram as Keat que estão no mercado desde o Natal passado. “Vimos que os hábitos alimentares em Portugal mudaram, por razões económicas ou de saúde. Cada vez mais pessoas levavam o almoço para o trabalho e não havia uma resposta nacional”, afirma Patrícia Teixeira. 

O fabrico da Keat resulta de uma combinação de três indústrias nacionais: a cutelaria de Guimarães, a indústria de moldes e plásticos da Marinha Grande e os têxteis de Rio Maior. “Queríamos trabalhar com fábricas portuguesas e ajudar a dinamizar a economia nacional”, conta Patrícia. 

Além disso, “o facto de ser tudo fabricado em Portugal é uma garantia de qualidade e segurança”, garante Patrícia. Portugal faz parte da União Europeia e portanto a Keat está sujeita às normas de segurança alimentar europeias que tem regras específicas.  

Um pack completo Keat custa 38,50 euros, mas os acessórios podem ser comprados à parte – uma Keat custa 25,80, a mala 21,90 euros e extra Beats são 11,90 euros. Um preço que a sócia da Red Teg justifica: “É um produto seguro e de qualidade em comparação com produtos de outros países como a China”.  

As Keat estão disponíveis em várias cores para venda online (www.keat.pt) e, para já, em pontos de venda no Porto, Braga e Açores. O objectivo é expandir a outras partes do país e a médio/longo prazo exportar.

sonia.cerdeira@sol.pt