Segundo os dados sobre o desempenho assistencial e de produção no primeiro semestre hoje divulgados, as primeiras consultas externas naquele centro hospitalar "aumentaram 10%, e fixaram-se em 97.379" e as consultas externas totais aumentaram 5,1%.
No mesmo período foram realizadas 22.815 cirurgias, o que representa "um aumento de 4,8%", das quais 11.600 foram convencionais e 11.215 em ambulatório, representando este último número um aumento de 7,2% face a período homólogo.
"A produção cirúrgica é uma questão bastante importante e temos insistido bastante junto dos nossos cirurgiões, e de todos os profissionais que fazem os serviços cirúrgicos, no sentido de rentabilização dos tempos de bloco [e] da possibilidade de fazer mais cirurgias de ambulatório", assinalou a directora clínica Margarida Tavares.
Também nos primeiros seis meses do ano, a média do tempo de espera para cirurgia passou de 75 dias para 71 dias e a média do tempo de espera para consulta passou de 84 para 75 dias.
Em termos económicos e financeiros, "os custos operacionais baixaram" e o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortização) foi superior ao período homólogo, cifrando-se em Junho, em 3.378.722 de euros positivos.
Quanto aos custos operacionais, estes cifraram-se em cerca de 160 milhões de euros, reduzindo-se em 0,7% em relação ao período homólogo de 2013, significando uma redução nominal de cerca de 1,2 milhão de euros.
Dados do hospital indicam ainda que o prazo médio de pagamento a fornecedores externos fixou-se em 112 dias, representando uma redução de 44% face aos 200 dias do período homólogo de 2013, e de 27% face aos 154 dias verificados em Dezembro de 2013.
No final de Junho, a dívida a fornecedores externos cifrava-se em 41 milhões de euros, reduzindo 49,5% face aos 81,2 milhões registados em Junho de 2013.
Para a directora clínica, estes resultados reflectem "um caminho que tem sido trilhado com as melhorias em termos de informação, de monitorização, de controlo da produção e do próprio controlo pelas chefias intermédias" e ainda "o empenho e a motivação que os profissionais continuam a ter".
Margarida Tavares explicou que foram implementados no Centro Hospitalar "processos que conduziram ao aumento da produtividade e eficiência", sendo por isso possível "manter esse caminho de melhoria e de aumento da produção".
Perante as "dificuldades" e "apesar da crise", a responsável garantiu que os profissionais daquela unidade têm "tentado evitar de todas as maneiras, que se entre num caminho de regressão e de desmotivação".
Para o segundo semestre, a directora clínica acredita que será possível "manter esta rota e indicadores desta ordem" pelo que os atuais resultados "serão extrapoláveis ao final do ano" de 2014.
Lusa/SOL