A autocrítica figura no discurso que o monarca proferiu nas celebrações do 15.º aniversário da sua entronização em que pediu ao Conselho Económico, Social e Ambiental (órgão consultivo e não eleito) a realização de um estudo que meça "o valor global do país entre 1999 e 2013", a actual duração do seu reinado, com o objectivo de orientar as políticas públicas para que "todos os marroquinos possam beneficiar das riquezas do país".
O monarca também referenciou questões como a gestão religiosa do país, sublinhando que Marrocos deve "proteger as mesquitas de qualquer instrumentalização", e protegê-las "dos demónios do extremismo", aludindo às tendências salafistas, um movimento sunita que defende o regresso às origens do Islão, que nos últimos anos têm somado adeptos no mundo árabe.
Mohamed VI falou ainda da necessidade de consolidar a união do Magreb Árabe e criticou a vizinha Argélia pela sua "intransigência e recusa sistemática (de reabrir as fronteiras comuns), que vão contra a lógica da história e da legalidade".
Lusa/SOL