Pois bem, um dos mais emblemáticos cafés da baixa do Funchal, também conhecido por “Esquina do Mundo” fechou este domingo devido à insolvência da empresa que explora o espaço.
Na passada sexta-feira o administrador de insolvência comunicou o encerramento do ‘Golden Gate’, juntamente com o ‘Yatch Café’, lançando no desemprego 35 trabalhadores. Já está marcada uma assembleia de credores para 15 de Setembro, no Tribunal Judicial do Funchal.
O espaço físico onde funciona o ‘Golden Gate’ é propriedade do Banco Comercial Português (BCP), que é credor de rendas em atraso por parte da ‘Santolido’.
Há funcionários que trabalham ali há mais de 20 anos e nem queriam acreditar nesta decisão comunicada pelo administrador de insolvência.
Nos últimos meses, os trabalhadores tinham convivido com a incerteza e os boatos. A machadada final aconteceu domingo. Os trabalhadores apenas têm a receber o salário de Julho e alguns subsídios de férias.
A história do ‘Golden Gate’ remonta a 1841, sendo um edifício de dois andares com esplanada na esquina das avenidas Arriaga e Zarco, que serviu de apoio a um pequeno hotel que existia na entrada da cidade. O café tornou-se ponto de paragem de turistas e residentes, sendo considerado um espaço de tertúlias da elite do Funchal.
Tendo como pano de fundo a catedral do Funchal, a sua decoração é inspirada no estilo madeirense do século XIX, onde não faltam as cadeiras de vime. O ‘Golden Gate’ faz parte do património histórico do Funchal que o BCP recuperou e ‘devolveu’ à Madeira.
Após a recuperação, o banco prestou uma homenagem a Ferreira de Castro, através de uma escultura na parede do edifício.