Bolsa de Lisboa sustentada pelo BCP e PT

O principal índice da bolsa portuguesa, o PSI20, estava hoje de manhã em alta, a subir 0,17%, sustentado pelos ‘papéis’ do BCP e da PT.    

Cerca das 09h30, o PSI20, que agora só inclui 18 títulos depois da saída da ESFG e do BES, estava a subir 0,17%, para 5.807,41 pontos, com nove cotadas a negociarem em terreno positivo e nove a descerem. 

 As acções do BCP, PT e Banif eram as que registavam maiores valorizações, estando a subir 4,06%, 2,98% e 1,14%, respectivamente.

 Os títulos do BCP, PT e Banif estavam a valer 0,1051 euros, 1,59 euros e 0,0089 euros, respectivamente.

Em sentido contrário, os 'papéis' da Impresa e Altri estavam a desvalorizar 4,43% e 3,49%, para respectivamente cotações de 1,252 euros e 1,961 euros.

Entretanto, a notícia da solução encontrada para o 'caso' BES foi bem recebida no sector financeiro nas principais 'praças' europeias. 

O Banco de Portugal anunciou a criação de uma nova entidade denominada Novo Banco, que ficará com os activos de boa qualidade do BES e que recebeu uma injecção de 4.900 milhões de euros do Fundo de Resolução. 

Acalmadas com a solução encontrada pelo Banco de Portugal para o 'caso' Banco Espírito Santo (BES) e à espera da reunião do Banco Central Europeu (BCE) de quinta-feira, as principais bolsas europeias abriram hoje em alta. 

As bolsas de Londres e Paris estavam a subir 0,15% e 0,33%, enquanto as de Madrid e Milão estavam a avançar 0,05% e 0,43%, respectivamente. 

Ao nível cambial, o euro abriu hoje em baixa, mas acima dos 1,34 dólares, no mercado de divisas de Frankfurt, a cotar-se a 1,3422 dólares, contra 1,3432 dólares no encerramento de sexta-feira. 

A reunião mensal do Banco Central Europeu (BCE) na próxima quinta-feira e a divulgação dos dados do desemprego em Espanha em Julho são os assuntos em destaque desta primeira semana completa de Agosto, que no entanto continuará a ter como 'pontos quentes' o conflito judicial aberto pela dívida da Argentina. 

Na reunião mensal de Julho, o Conselho de Governadores do BCE deixou inalteradas as medidas de política monetária anunciadas em Junho. 

A 5 de Junho, o BCE tinha cortado a taxa de juro directora em 0,10 pontos percentuais para o novo mínimo histórico de 0,15% e anunciou a realização de duas injecções de liquidez de longo prazo (quatro anos), em Setembro e Dezembro deste ano, no valor de 400 mil milhões de euros, destinadas a serem emprestadas pela banca a empresas e famílias.

O conflito entre a Argentina e os denominados "fundos abutres" que lhe reclamam o pagamento da dívida – depois da sentença favorável de um juiz norte-americano – estará a ser analisada pela economia mundial, já que apesar da continuação das negociações entre as partes, o caso pode rebentar e as consequências são imprevisíveis.  

As situações na Ucrânia – depois de Washington e Bruxelas terem imposto sanções mais abrangentes contra a Moscovo para pressionar o presidente russo, Vladimir Putin, a retirar o apoio aos rebeldes pró-russos no leste do país – e na Faixa de Gaza, onde prossegue o conflito entre Israel e o Hamas, são outros dos assuntos presentes hoje nos mercados. 

O barril de petróleo Brent, para entrega em Setembro, abriu hoje em alta, a cotar-se a 104,99 dólares no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, mais 0,15% do que no encerramento da sessão anterior.

Lusa/SOL